24 agosto 2006

Simpósio recebe resumos até quinta

O 4º Simpósio Internacional de Estudo de Gêneros Textuais (SIGET), a ser realizado em agosto de 2007, recebe resumos para apresentação de trabalhos até a próxima quinta, dia 31.

Coordenado pelos professores Adair Bonini e Débora Figueiredo da UNISUL e pelo professor Charles Bazerman da University of California, o 4º SIGET trará grandes convidados como Carolyn Miller (North Carolina State University,EUA), John Swales, University of Michigan (EUA), Norman Fairclough, Lancaster University (Inglaterra), Vijay Bhatia, City University of Hong Kong (China), além dos principais pesquisadores da LA de todo o Brasil.

No site do evento, de fácil navegação, a lista completa de todos os convidados, as datas importantes, seção para se inscrever, além de informações sobre Floripa, onde ocorrerá o Simpósio.

22 agosto 2006

Gêneros: por media ou por campo?

Uma das questões-chave para a compreensão do gênero jornalístico é a definição do seu limite de pertencimento. No Brasil, em geral, estuda-se o gênero jornalístico pela media. Gênero radiofônico, televisivo, do impresso ou digitais.

A discussão é de base. Cerca-se o conceito pela lógica da media ou pela lógica do campo? Ou ainda: como se relacionam as duas esferas?


É fato que os gêneros, como diz o professor Luiz Marcuschi, preferem um e outro dispositivo. O artigo é bem melhor acolhido no impresso do que no rádio, onde poderia ser lido. Por questões óbvias das características tecnológicas, não temos artigo em televisão ou fóruns em impressos. No entanto, não só por questões tecnológicas, mas também comerciais, a entrevista é o gênero mais frequente no rádio. A entrevista, por sinal, é um gênero universal, digamos assim. Está em todas as mídias, seja em ping-pong ou em formatos de talk show.

O campo jornalístico explora as quatro medias sob diversos produtos. Não seria o caso de se perguntar quais as características que o definem independente da media? As finalidades discursivas da prática jornalística não devem ser diferentes apenas por causa das medias. Ainda que, com lógicas diferentes, os impressos não devem se posicionar (lugar de fala, responsabilidades) como os webjornais na cobertura de um atentado ao metrô de Londres? Na verdade, a media (dispositivo com dados regimes imanentes) é um dos elementos que condicionam o gênero.

Será que, por esse motivo, ainda hoje, se cria e se rejeita classificações de gêneros? Tema para um outro post.

[post atualizado 22/08, por contribuições da colega de doutorado, Jan Alyne Barbosa]

Site dedicado ao estudo dos gêneros jornalísticos. Criado durante nossa tese de doutorado, 2005. Esse novo layout abre um novo ciclo de estudo, pesquisa, descobertas sobre esse tema tão caro à prática jornalística e ao conhecimento sobre o jornalismo.

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