23 janeiro 2008

1ª Ciranda de Textos sobre Jornalismo Online: uso jornalístico das linguagens

Este post faz parte da primeira edição brasileira do Carnival of Journalism - Ciranda de textos sobre jornalismo online. Veja o guia de leitura desse mês no blog do André Deak.


Rue89: um caso interessante

Juntamente com as possibilidades multimidiáticas, a mídia digital trouxe para o jornalismo o desafio de saber usá-las e formatá-las. Ou seja, o que (e como) deve ser texto, áudio, imagem estática ou em movimento, gráfico, desenho? Um exemplo interessante do uso das linguagens é o Rue89, site francês que ainda não fez um ano, mas já tem 1 milhão de visitantes únicos por mês (marca da semana passada).

Com o formato de um blog de três colunas - conteúdo no miolo hierarquizado apenas por ordem cronológica -, um menu horizontal, ancorado pela web2.0, o Rue89 compõe a matéria como um post com texto, áudio, vídeo ou infográficos. Talvez seja um resultado do sistema de publicação, mas exatamente por isso é bem interessante comparar com os formatos que estão se institucionalizando na internet - o NYTimes.com, o Lemonde.fr ou o Elmundo.es, onde tem-se matérias relacionadas ("Related", "Lire" ou "Además") quadros onde aparecem as seções de vídeo ou infográficos ("Multimedia", "Voir", "Débattre").

Isso quer dizer que as balisas mais fortes ainda são as linguagens, ao invés do caráter jornalístico. Exemplificando: uma citação em texto escrito não poderia ser trocada por áudio ou vídeo no corpo do texto? É isso que está experimentando o Rue89.

A matéria "Les petites télévisions veulent briser leurs chaînes", do último dia 13, ilustra. O site substitui citações entre aspas "falas filamdas" - pequeno vídeo com 2 perguntas em escrito e as respostas da fonte (no Daily Motion). Um infográfico não animado ao lado do texto (no miolo) para ilustrar o mapeamento da situação dada no texto escrito. O texto escrito é o eixo do conteúdo, enquanto esses formatos servem a alguns propósitos.

As perguntas suscitadas: para que serve o áudio, jornalisticamente falando? qual força tem o vídeo? uma fala fica melhor em vídeo, aúdio ou texto? o que isso implica jornalisticamente, ou seja, para a tradução da realidade?

O Rue89 começou com 2o mil euros, 4 jornalistas experimentados (o criador é Pierre Haski) que se demitiram do Libération e mais 5 outros profissionais. Vale a pena conferir!

07 janeiro 2008

Estado da arte do estudo de cibergêneros no Brasil

Durante o I Colóquio Internacional Brasil-Espanha sobre Cibermeios, realizado pelo Grupo de Jornalismo Online no início de dezembro passado em Salvador, apresentamos um artigo sobre o estado da arte dos estudos de gêneros do ciberjornalismo no Brasil.

A apresentação fez parte da mesa "Gêneros no Ciberjornalismo", da qual tivemos o prazer de participar com o professor Javier Díaz Noci, professor da Faculdade de Ciências Sociais e de Comunicação da Universidade do País Basco, um dos mais conhecidos pesquisadores espanhóis em tipologias de gênero no ciberjornalismo.

Dois colegas fizeram registro de todo o evento em aúdio e vídeo: o André Deak, jornalista (em outubro passado deixou cargo de editor multimídia na Agência Brasil) e Fernando Firmino, doutorando do Pós-Com da UFBa, estuda o que chama de jornalismo móvel (por dispositivos móveis).

Agradecendo ao André e ao Fernando, disponibilizamos aqui os links dos posts sobre nossa apresentação:

Aúdio da apresentação na íntegra :: site de André Deak

Trecho da apresentação em vídeo :: Jornalismo Móvel, blog de Fernando Firmino

Site dedicado ao estudo dos gêneros jornalísticos. Criado durante nossa tese de doutorado, 2005. Esse novo layout abre um novo ciclo de estudo, pesquisa, descobertas sobre esse tema tão caro à prática jornalística e ao conhecimento sobre o jornalismo.

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