22 março 2011

Os gêneros jornalísticos no Twitter

No próximo encontro da Compós (www.compos.org.br), em junho, estarei apresentando o artigo "Os gêneros jornalísticos no Twitter. Um estudo comparativo de tuítes de instituições jornalísticas". Trata-se de uma análise que, de certa maneira, testa nossa proposta de conceituação no doutorado (no livro "Redefinindo os gêneros jornalísticos"), inclusive a diferenciação entre gêneros jornalísticos e gêneros jornálicos.

Este artigo se aproxima do nosso projeto de pesquisa no PósCom da Ufba sobre os conceitos de gênero e mídia: "Mídia e gênero jornalístico. O lugar do mídium na definição do genêro discursivo jornalístico"

Conheça o resumo do artigo:

O Twitter é considerado hoje uma ferramenta indispensável para as instituições jornalísticas. Mas o que as instituições jornalísticas têm produzido no Twitter? Pode-se dizer que o Twitter gerou novos gêneros jornalísticos? Com uma análise comparativa dos tuítes do @guardian_world, da @folha_mundo (sobre a revolução no Egito), da @folha_cotidiano e do @el_pais (Últimas) durante o período de uma semana, constatou-se que existem novos “gêneros jornálicos” (SEIXAS, 2009), que, embora sejam comuns em outros campos, não eram frequentes nos produtos jornalísticos tendo a instituição social como enunciador do discurso. O único gênero jornalístico frequente é conhecido como informacional, enquanto os jornálicos mais frequentes são os “promocionais”, baseados em atos diretivos (SEARLE, 1998), os de “mediação", baseados na republicação do tuíte e os dialógicos.

As referências usadas no arttigo:


ADAM, Jean-Michel. La linguistique textuelle. Introduction à l'analyse textuelle des discours. Paris: Armanda Colin, 2006. 
AUSTIN, John. Quando dizer é fazer. Palavras e ação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
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DEBRAY, Régis. Cours de médiologie générale. Paris: Éditions Gallimard, 1991.
DUCROT, Oswald.  Les échelles argumentatives. Paris: Éditions du Minuit, 1980.
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FOUCAULT, M. L'arqueologie du savoir. Paris: Gallimard, 1969.
PERELMAN, Chaim & OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação. A nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
RECUERO, Raquel; ZAGO, Gabriela. “RT por favor”: considerações sobre a difusão de informações no Twitter. In: Revista Fronteiras UNISINOS, maio-agosto de 2010.
RECUERO, R.; ZAGO, G. 2009. Em busca das “redes que importam”: redes sociais e capital social no Twitter. Líbero, 12(24): 81-94.
SEARLE, John. Expressão e Significado. Estudos da teoria dos atos de fala. Trad. AnaCecília G.A. De Camargo e Ana Luiza Marcondes Garcia. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
SEIXAS, Lia. Redefinindo os gêneros jornalísticos. Proposta de novos critérios de classificação. Portugal: LabCom Books, Coleção Estudos de Comunicação, 2009. Disponível em: http://www.livroslabcom.ubi.pt/sinopse/seixas-classificacao-2009.html
SEIXAS, Lia. Como o dispositivo prepara para o gênero jornalístico? In: SOSTER, Demétrio; FIRMINO, Fermando (Org.). Metamorfoses jornalísticas 2: a reconfiguração da forma.  1 ed. Santa Cruz do Sul EDUNISC: Edunisc (Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), 2009. 
SWALES, John M. Genre Analysis. English in academic and research settings. Cambridge: C. U. Press, 1990.

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